Vendo cartões moche mensalidade 7,5€. Data de produção: 06/02/2013 a poderem ser activos até 6 meses depois da data de produção. Possibilidade de transferir as condições do cartão moche 7,5€ para o seu tmn.
Sintam-se á vontade de contactar: 963161462.
Preço de cada cartão: 4€.
Marco Lucas
Somos sempre quem queremos ser. É tudo uma questão de perspectiva!
quinta-feira, 18 de abril de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Do aumento do valor dos passes e redução das Camionetas da Rodoviária de Lisboa
Venho por este meio mostrar o meu desagrado e total desacordo sobre o aumento do valor dos passes da RL. Além do mais venho fazer ver á direção da RL e aos orgãos decisores da empresa que existem pessoas que estão atentas ao que se passa, existem pessoas – nas quais me incluo – que não se deixam enganar por esquemas e falácias, por mais bem montadas que estas sejam. Ao passo que parece existirem pessoas que se aproveitam do poder estratégico que temporariamente têm, para urdir esquemas falaciosos, com vista a enganar um povo que como se sabe está cada vez mais cansado, triste, deprimido... Na minha visão a direcção da RL passa a estar, por direito próprio e adquirido, na lista de pessoas e organismos non gratas ao povo Português!
O esquema do passe único a 33,50€ (que passará em Março para 35€) Querem fazer passar ás pessoas que o facto de agora o passe ser de preço único e dar para toda a rede da RL é vantajoso para o cliente. Isso é uma mentira! Pois o que se observa na prática é que houve diminuição do numero de camionetas, especialemente ao fim de semana, onde certas carreiras deixaram simplesmente de circular, entre outras coisas... Mas vamos lá desmontar mais atentamente o esquema... As pessoas que só precisavam de ir de Odivelas a Caneças, por exemplo agora têm que pagar mais (!). Ao passo que as pessoas que faziam persursos longos pagam um pouco menos, não muito. Mas o que acontece é que a diferença de pessoas que fazem percursos longos e as que fazem percursos curtos, é grande... as que compram passes para percursos longos são muito menos! Quem sai a ganhar? A Rodoviária, claro! Redução de pessoal...
Mas esta gente pensa em grande, não se ficaram por aí... Agora deixa de ser precisa tanta fiscalização, pelo menos ao que ás zonas diz respeito, já não têm de se preocupar com isso. O que faz com que eventualemte reduzam pessoal da revisão, o que é dizer talvez que haja despedimentos. Pelo menos 2 coelhos de uma cajada mataram eles: Aumentaram os passes e reduziram revisores. Mas tenham paciência que a equação ainda não chegou ao fim... Pelo menos temos mais uma variante...
Redução do numero de Camionetas a circular!
O que se verifica na prática é a diminuição do numero de camionetas a circular. E além disso algumas delas foram suprimidas ao fim-de-semana. Aqui na minha zona temos o caso concreto da carreira 213, que circula enter Caneças e o Sr. Roubado, via Odivelas park (Agora strada outlet). No poupar é que está o ganho! Poupam no pessoal que terão que despedir, poupam nas carreiras que suprimiram e ganham no novo modelo, ardilosamente montado, de passes sociáis.
E o burro sou eu?!?
E no meio de tantas contas esta gente quer, confundir-nos e enganar-nos! Essa é a real motivação deles: tirar proveito monetário da situação, enganar o povo, confundir-nos e roubar-nos. Pessoalmente quando vi este aumento e me dei conta das alterações o que fiz foi perguntar se esta gente acha que eu sou parvo? Por este andar o serviço público dos transportes passará a ser como andar de limusina: muito raro e muito caro. O que o povo tem que ter em mente ter a plena consciência de quais são os organismos estratégicos, e por isso fundamentáis para uma vida digna em sociedade, e questionar-mo-nos se esses serviços estão a ser postos ao serviço dos mais fracos ou dos mais fortes. È o povo quem tem o poder, é o povo que interessa, é o povo que decide. É defender os mais fracos que dá sentido á vida, e não engordar ainda mais quem não precisa. Um sociedade justa é um sociedade em pleno equilibrio, é uma sociedade que questiona, que debate, que mostra o seu desagrado, que participa.
Que fazer?
Isso eu deixo á consciência de cada um... Podem-se organizar numerosas iniciativas, mas o principal é participar, reclamar, mostrar que estamos atentos, que não somos estúpidos. Mostrar que estamos de vigia. Pois todo ladrão fica embaraçado quando é descoberto!
O esquema do passe único a 33,50€ (que passará em Março para 35€) Querem fazer passar ás pessoas que o facto de agora o passe ser de preço único e dar para toda a rede da RL é vantajoso para o cliente. Isso é uma mentira! Pois o que se observa na prática é que houve diminuição do numero de camionetas, especialemente ao fim de semana, onde certas carreiras deixaram simplesmente de circular, entre outras coisas... Mas vamos lá desmontar mais atentamente o esquema... As pessoas que só precisavam de ir de Odivelas a Caneças, por exemplo agora têm que pagar mais (!). Ao passo que as pessoas que faziam persursos longos pagam um pouco menos, não muito. Mas o que acontece é que a diferença de pessoas que fazem percursos longos e as que fazem percursos curtos, é grande... as que compram passes para percursos longos são muito menos! Quem sai a ganhar? A Rodoviária, claro! Redução de pessoal...
Mas esta gente pensa em grande, não se ficaram por aí... Agora deixa de ser precisa tanta fiscalização, pelo menos ao que ás zonas diz respeito, já não têm de se preocupar com isso. O que faz com que eventualemte reduzam pessoal da revisão, o que é dizer talvez que haja despedimentos. Pelo menos 2 coelhos de uma cajada mataram eles: Aumentaram os passes e reduziram revisores. Mas tenham paciência que a equação ainda não chegou ao fim... Pelo menos temos mais uma variante...
Redução do numero de Camionetas a circular!
O que se verifica na prática é a diminuição do numero de camionetas a circular. E além disso algumas delas foram suprimidas ao fim-de-semana. Aqui na minha zona temos o caso concreto da carreira 213, que circula enter Caneças e o Sr. Roubado, via Odivelas park (Agora strada outlet). No poupar é que está o ganho! Poupam no pessoal que terão que despedir, poupam nas carreiras que suprimiram e ganham no novo modelo, ardilosamente montado, de passes sociáis.
E o burro sou eu?!?
E no meio de tantas contas esta gente quer, confundir-nos e enganar-nos! Essa é a real motivação deles: tirar proveito monetário da situação, enganar o povo, confundir-nos e roubar-nos. Pessoalmente quando vi este aumento e me dei conta das alterações o que fiz foi perguntar se esta gente acha que eu sou parvo? Por este andar o serviço público dos transportes passará a ser como andar de limusina: muito raro e muito caro. O que o povo tem que ter em mente ter a plena consciência de quais são os organismos estratégicos, e por isso fundamentáis para uma vida digna em sociedade, e questionar-mo-nos se esses serviços estão a ser postos ao serviço dos mais fracos ou dos mais fortes. È o povo quem tem o poder, é o povo que interessa, é o povo que decide. É defender os mais fracos que dá sentido á vida, e não engordar ainda mais quem não precisa. Um sociedade justa é um sociedade em pleno equilibrio, é uma sociedade que questiona, que debate, que mostra o seu desagrado, que participa.
Que fazer?
Isso eu deixo á consciência de cada um... Podem-se organizar numerosas iniciativas, mas o principal é participar, reclamar, mostrar que estamos atentos, que não somos estúpidos. Mostrar que estamos de vigia. Pois todo ladrão fica embaraçado quando é descoberto!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
A revelação do Eucalipto
Este texto não trata sobre a revelação do Apocalipse, um dos mais misteriosos livros da biblia, mas nem por isso deixa de ser importante... Esta é a revelação do Eucalipto! Este é o texto escrito por alguém que ama a natureza, ama a agricultura natural e segue com muita perserverança e atenção os ensinamentos deixados por um eminente filósofo e naturista japonês – já falecido - de seu nome Masanobu Fukuoka. Esse alguém intui, como cada vez mais pessoas pertencentes á nova geração, que o futuro passa por um regresso á natureza, um regresso ao campo, um regresso á simplicidade de onde outrora todos saímos. E esse regresso á fonte faz-se ao que parece, para que possamos resgatar os valores essenciáis que nos permitam poder avançar, sutentavelmente, como civilização e como pessoas. Esse alguém decidiu construir uma cabana e realizar um projecto pessoal de agrofloresta no meio de um eucaliptal. E foi em meio dessa aventura que a revelação se deu...
Há vida para lá do Eucaliptal?
O que equivale a perguntar se há vida dentro do Eucaliptal! E a resposta é: Há... mas não muita!
Uma floresta de eucaliptos não é um sitio de muito vigor vital... Percebe-se isso passado pouco tempo. Existe vida, existem passáros que cantam, existem alguns ninhos (muito poucos), corujas que diurnam por ali e pequenos roedores que lhes servem de presa. Existem corvos que passam, tintilhões, melros e milhafres que também por ali caçam. Ao nivel do solo tem-se essencialmente silvas e fetos, algumas trepadeiras, heras, giestas, etc. No entanto á medida que as árvores crescem e retiram luz ao solo, as hipóteses diminuem para apenas uns fetos, silvas e fungos. Há vida dentro do eucaliptal? Há, mas pouca...
A diversidade autóctone de fauna e flora da nossa região ainda não deram de todo as boas vindas a este hóspede inesperado, o eucalitpo. E o próprio solo onde o eucalipto é cultivado, e ao qual muito poucos ligam, parece estar ainda a encontrar um equilibrio, uma maneira de interligação entre esta árvore e as espécies locáis. Como devem saber, o solo, a sua acidez ou basicidade altera-se conforme as espécies que são cultivadas. E encontrar uma harmonia entre culturas ácidas e básicas de modo a manter um ph neutro é sempre bom para o meio ambiente. O solo a bem dizer é o anfitrião das culturas que recebe, e é o solo, qual bom anfitrião que harmoniza e encontra equilibrios e elos de ligação entre as várias espécies de vida vegetal.
No eucaliptal onde desenvolvo o meu projecto, rapidamente se nota que as aves não elegem o eucalipto como habitat onde possam fazer nidificação. O eucalipto, derivado ao facto de ter muito pouca ramagem lateral, não serve para esse propósito. Elegem elas com muito mais preferência os sobreiros e os carvalhos para a nidificação. Mesmo apesar destes ultimos estarem abafados pelo crescimento muito mais rápido do eucalipto que inibe o seu crescimento, pois retira-lhes o alimento e a água, altera-lhes a acidez do solo e priva-os da luz. Além disso o recorte longitudinal das árvores da região é muito mais rico e apresenta muito mais possibilidades de camuflagem e de conforto, presumo, para as aves locáis. Ao que parece as folhas em forma de crescente lunar do eucalipto permanecem um mistério para todas as espécies de fauna aqui da região; pois até agora não sabem que uso lhes dar – são intragáveis! E não servem para a construção de ninhos. Apesar de tudo, tenho fé na inteligência dos animáis, algum dia descobrirão e darão uso aos recursos apresentados pelo eucalipto.
Ao nivel do solo, com toda a sua miríade de vida microscópica, nem os fungos parecem ter ainda encontrado maneira de lidar com a madeira dos eucaliptos tombados ou das sobras do corte industrial. Na verdade a madeira de eucalipto demora muito mais vezes a apodrecer e a ser decomposta pelo solo, em comparação á madeira das outras árvores autóctones. Pessoalmente tirei vantagem disso, pois cravo directamente no solo, as toras de eucalipto que servem de base na cosntrução das cabanas e abrigos no meu projecto paralelo de ecoconstrução.
Por todas as razões anteriormente apresentadas, a floresta de Eucalipto não encaixa nunca num sistema de "floresta de alimentos". As florestas autóctones sempre foram florestas de alimentos, pois sempre representaram oportunidades de alimento tanto para humanos como para animáis. Bolotas, castanhas, amoras, raizes das mais diversas, nogueiras, framboesas, figos, ameixas, cerejas etc. Sempre foram os produtos generosos da mãe natureza oferecidos ao homem e aos outros seres animáis. È dizer as espécies autoctones por estarem em equilibrio com o clima, o solo e entre elas, sempre representaram uma possibilidade alimentar básica. É certo que algumas espécies foram trazidas de fora para a nossa região, no entanto a natureza e a sabedoria do homem conseguiram harmonizar e prever essa harmonização ao nosso clima, solo e biodiversidade. Além disso o critério foi na maior parte das vezes ter mais oportunidade de alimentos e não apenas o enriquecimento monetário pela produção de papel!
Mas quem é que teve esta ideia...? E qual foi o critério?
É óbvio que toda esta observação leva sempre á pergunta: de onde surgiu a ideia de trazer o eucalipto para Portugal? E qual foi o critério para a implementação do eucalipto no nosso país? Houve estudos nos impactos que teria sobre a fauna e flora local?
A resposta é muito simples. Nisso como em quase todas as politicas levadas a cabo por um sistema decadente e corrupto vergado unicamente aos interesses monetários e a ambições desmedidas de poder; o critério foi o do costume: mais em detrimento de melhor! E mais quê? Perguntar-se-ão... Simples a resposta: Mais e mais lucro, mais e mais dinheiro, o que corresponderia em certa medida a mais e mais poder. Esse foi sempre o critério de quase toda a politica feita pelos governantes, deputados, ministros, presidentes de junta, autarcas, etc., pelo menos desde o 25 de abril para cá. E o povo a bem dizer, e de alguma maneira, também se deixou enganar por promessas vazias e ilusórias.
A cultura do Eucalipto, nos seus primórdios, representaria um vector muito importante para a ecónomia, nomeadamente para a industria de papel em Portugal. Uma vez que como todos sabem o Eucalipto derivado ás suas características fibrosas é a principal matéria-prima dessa industria.
E os estudos ambientáis fizeram-se? Tiveram-se em conta?
Bom, talvez se tenham feito estudos, mas o presente estado das florestas em Portugal, e o facto de vermos demasiada cultura de eucalipto leva-nos a inferir que esses estudos ou não se tiveram em conta; ou manobrou-se a opinião pública com argumentos de prosperidade que a fizeram desresponsabilizar-se das consequências previstas pelos estudos feitos; ou, por ultimo, esses estudos e os seus autores foram "devidamente" silenciados...
O ser humano pensa, erradamente, por comparação. Logo a cultura de Eucalipto ao ver-se como factor de prosperidade, e ao se alienar e desresponsabilizar das consequências, depressa se tornou moda entre o populacho. Uma moda que daria lucro e por isso, ninguém quereria perder. Todos assistimos a isto em maior ou menor grau – a moda de cultivar eucalipto. Certos programas de "reflorestação" foram feitos exclusivamente com esta espécie. Chamavam-lhe de reflorestação, uma palavra bastante generosa, num programa que pretendia combater os estragos causados pelos incêndios, que estranahamente eram cada vez mais numerosos. Enfim, haveria concerteza gente a aproveitar a oportunidade...
Mas, quase tudo na vida, se bem que a princípio tenha dado lucro, no momento actual, e com tanta oferta deu-se a queda dos preços dessa madeira. Mais, no presente estado de coisas, quero dizer, com esta crise, presumo que já não seja tão compensador a venda desta madeira, nem tampouco existem tantas empresas de papel como existiriam antes da crise começar... Sendo assim resta-me concluir que a oferta é muito maior que a procura, e o preço tenha baixado a níveis que talvez não compensem o trabalho. O Eucalipto sobra agora como resquicío de mais uma das nossas ganâncias mal calculadas. E pior, com a necessidade de se voltar outra vez para o campo, e pela necessidade de espaço para o cultivo, o eucalipto começa agora a ver-se como... inimigo.
O Eucalipto, que futuro, que utilidade?
O Eucalipto apesar de muitas das qualidades que possa ter arrisca-se a ser um projecto falhado de uma política agricola e florestal com falta de tacto e talvez guiada por demasiada ganância. À medida que escrevo o que pretendo que seja o ultimo capítulo deste folhetim, chega-me agora a informação atravês de um livro inglês que diz o seguinte: "A árvore (do Eucalipto) foi introduzida na Europa no séc. XIX como uma espécie ornamental, mas desenvolveu certas características que não aparecem no seu lugar nativo. Em particular, o segregamento de substâncias quimicas que envenenam o solo, inibindo o crescimento de outras plantas na área."
Bom... que mais há a dizer...?
No entanto e em jeito de salvar a honra do Eucalipto, devo indicar que se lhe reconhecem distintas qualidades, nomeadamente qualidades medicináis, na produção de óleos homeopáticos e na medicina natural. E derivado ao facto da madeira de Eucalipto ser resistente aos fungos e ao apodrecimento são-lhe reconhecidas distintas possibilidades na arquitectura nomeadamente na construção de casas de madeira.
Apesar de todos os prós e contras acerca desta matéria, só o tempo e a Natureza decidirão se o Eucalipto encontrará o seu nicho e se harmonizará ou não com as outras espécies de flora e fauna do nosso país. Neste momento, e na minha opinião, as possibilidades são muito poucas.
Resta-me dizer, que gostei muito de escrever este texto, fiz este artigo praticamente sem esforço, pois deu-me prazer escrever sobre este tema. Apesar de não ser um técnico pude observar desde um ponto de vista muito próximo toda esta problemática da cultuta do Eucalipto.E á medida que ia escrevendo ia colhendo mais informação por outros meios que apenas confirmaram o que eu observo no Eucaliptal onde desenvolvo um projecto de Agricultura natural e vida sustentável.
Em jeito de reflexão escolho eu terminar com estas palavras:
O homem pode nunca vir a conhecer a natureza, mas pode esmerar-se nas melhores previsões e pelo menos conhecer-se a si mesmo. Tratar mal a natureza é no minimo um sinal de falta de autoconhecimento!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Onde estão as verdadeiras noticias?
Sou um revoltado contra a ordem comum, sou um revolucionário, quem sabem talvez um visionário. Inimigo do sempre igual, da rotina, da escravidão, do aproveitamento dos mais fracos pelos mais fortes... do poder instalado. Eu nado contra a corrente, como poucos o fazem. Sou amigo da equidade e da igualdade como critério que potencie uma evolução positiva da sociedade. Mas há quem não pense assim... infelizmente.
Em casa já prescindi da televisão e da internet. Agora escrevo em um sitio público onde a internet é gratuita. Não pretendo dar mais dinheiro aos grandes, mas encontrar e ajudar a encontrar um equilibrio neste estado de coisas tão desiquilibrado. Nada de extremos, não pretendo ser um heremita, pois acredito no contacto como forma de mudança. Mas é sempre o povo quem manda, quem escolhe, quem deve discernir e quem deve decidir. Por isso o povo tem que ser educado.
O rádio é hoje o meu unico meio - em casa - que me liga ao mundo, pois não compro jornáis e mesmo o tempo que passo na internet aqui na biblioteca pública tem vindo a ser cada vez mais racionado. Mas até as noticias pela rádio estão tremendamente viciadas. Mas que noticias são estas? Dos 3 minutos ou pouco mais de noticias alguém achou que nesse tempo deve ser passada informação sobre partidos politicos ou sobre a mais recente contardição de algum ministro. Além disso fala-se das empresas de sempre da ordem dos médicos, das farmaceuticas, da edp, etc. Resumindo... os holofotes das agências noticiosas estão sempre viradas para os mesmos: os que detêm o poder. Onde está a imparcialidade, e eu diria até, a imaginação dos jornalistas? Foram também eles comprados? O povo tem que ouvir sempre a mesma ladainha? Onde estão as noticias reáis?
No meu ponto de vista o papel de um jornalista é o de um verdadeiro revolucionário: expõe a verdade, dá a conhecer a verdade ao povo, atravês de repostagens origináis, baseadas na verdade e em correctos valores dá esperânça ao povo. O jornalista tem que ser como o deus grego Hermes - um correto intermediário entre Deus e os homens. Esse é o papel do jornalista: dar esperânça.
Em Portugal parece que esse papel não é bem desempenhado e quem sofre é o povo. Um povo desinformado é um povo desconfiado, cinico, triste, melancólico.
Onde estão as verdadeiras noticias?
sábado, 24 de novembro de 2012
O Trabalho
"Acto ou efeito de trabalhar; exercicio da actividade humana, manual ou intlectual, produtiva..." Esta é a principal defenição num dicionário de ligua portuguesa da palavra trabalho.
Não pretendo com este artigo "reinventar a roda" no que á defenição de trabalho diz respeito; na reacção usual que temos a essa defenição, apenas investigar a distância que existe entre a palavra e o seu significado, e a realidade daquilo que é o trabalho em si. Esse é o exercicio que eu considero interessante!
O ser humano vive apaixonado pela acção na qual se inclui o trabalho, a "evolução" (a meu ver apenas uma ilusão) e o progresso.
Dão-se ao trabalho muitos qualificativos nobres como: excelência; progresso; evolução; refinamento; riqueza, etc. No entanto na minha opinião o trabalho tal como me apercebo, não vai muito mais além do que uma actividade sem muito sentido pela qual basicamente procuramos ganhar dinheiro, inserir-nos na sociedade, ou destacar-nos. Vivemos num sistema que gira á volta do dinheiro e que faz desse dinheiro uma prioridade inquestionável. E para ter dinheiro – esse bem que muitos consideram imprescisndivel para viver -tem que se trabalhar. E o trabalho para a maior parte de nós é algo que fazemos quase obrigados, sem muito gosto, sem muita vontade. Então porque é que trabalhamos? Quando se olha para a natureza, á qual pertencemos e na qual muitas vezes nos inspiramos não vemos essa actividade a que chamamos trabalho. Os gatos por exemplo dormem quase todo o dia, os passáros cantam, voam e brincam... Estamos numa idade em que é preciso questionar a ordem social que herdamos, pois somos nós que vamos decidir que mundo queremos ter para o futuro. E esta coisa do trabalho, não faz muito sentido, pelo menos não da forma como o temos aceitado...
Há uns tempos atrás ouvi uma afirmação muito interesante de uma pessoa que dizia "haja alegria no trabalho." Depois de refletir, nunca pensei que aquela afirmação pudesse fazer tanto sentido. Realmente todo o trabalho deveria ser feito com alegria, esse deveria ser um dos pilares de um trabalho real. O outro pilar deveria ser o trabalho como forma de religião. Esta afirmação pode parecer muito estranha, mas eu explico e vão ver que faz todo o sentido...
O trabalho tal como o vemos hoje em dia parece-me que não tem profundidade. Isto é, a maior parte de nós trabalha para ter dinheiro, mais e mais dinheiro, num acto que não vai muito mais além de um aquisitivisto intrínseco que todos mais ou menos temos. Outras variantes do trabalho tal como o concebemos e aceitamos são: trabalhar para pagar as dividas e créditos, para sustentar os filhos; trabalha-se para alcançar posição ou manter o status. Convém apontar que trabalhar para manter o status e a respeitabilidade, para mim é das coisas mais abomináveis que se podem fazer. Para manter o status a pessoa é capaz, com o tempo, de fazer coisas que jamáis faria numa primeira fase, ou como pessoa livre. A respeitabilidade, o status, a posição, a opinião que os outros têm de nós, a nossa imagem social são das armadilhas mais ardilosas que existem na vida. No afã de queremos quase que inocentemente manter uma boa imagem torna-mo-nos com o tempo verdadeiros tiranos calculistas, frios, intolerantes, insuportáveis. O mundo do profissionalismo laboral é um mundo corrompido. È um mundo de imagens, aprências, falsidades, hipócrisias, joga-se com a culpabilidade, com a pressão, com a chantagem. È a carreira, a projecção social do nosso ego; por isso somos tão agarrados áo nosso trabalho, por isso temos essa vaidade de nos identificar-nos atravês da nossa actividade profissional. Nunca se deu -e em alguns casos nem covém - dar-nos a conhecer por outra perspectiva. O resto não conta, a imagem, o prestigio, a credibilidade, o Ego; isso sim é o que conta! E é o que tem contado á milhares de anos penso eu. Por isso somos tão apegados á nossa tarefa social; por isso lhe damos uma importância quase – ou totalmente – religiosa. Uma pessoa desempregada ou que muda frequentemente de emprego; ou que em alguns casos é uma pessoa polivalente, nunca tem muito crédito. A nossa bitola sempre nos disse que só conta quem tem nome, quem tem dinheiro, quem tem um bom trabalho, quem tem prestigio, quem é reconhecido. Assim somos, tão pouco budistas... sempre com muito apego e eternamente enganados pelas aparências.
Além do mundo do trabalho tal como o conhecemos, existem também os afortunados, aquelas pessoas que realmente trabalham a fazer o que gostam, com liberdade, sem ruído, com a hipótese de criatividade, de expressão, sem a rotina, sem obrigação nenhuma.
Chegado aqui faço uma afirmação perigosa e desestabilizadora, revolucionária em certa medida:
É preferivel não trabalhar do que trabalhar sobre pressão medo ou violência.
Não podemos de modo algum contribuir para alimentar um sistema que faliu completamente. È preciso recriar o mundo, ir ás bases e questionar aquilo que temos aceitado. È preciso reformular a ordem social. Os velhos "dogmas", as velhas medidas não interessam mais. Se queremos fazer alguma coisa positiva, então, em primeiro lugar precisamos de saber se essa acção tem algum sentido. Trabalhar nos dias de hoje é um completo feudalismo, sem liberdade alguma. É como receber esmola dos grandes senhores que controlam o nosso destino e que engordam ainda mais á nossa custa. È fundamental uma revolução... pacifica, em nós mesmos em primeiro lugar. Pois tal como afirmava o grande Sábio Jiddu Krishnamurti, só é possivel mudar a sociedade se cada um mudar sapientemente. Tudo o resto são como a revolução da primavera àrabe: sem sentido e fica tudo na mesma.
Para finalizar o que tenho a dizer acerca do trabalho:
Defendo o trabalho como forma de arte, como uma forma de religião. Trabalho que não produza mais antagonismo, competição, ansiedade ou nervosismo, medo, etc. Defendo que cada qual aprenda qual a sua vocação, se descubra na melhor forma de desempenhar uma tarefa, para depois disso, fazer do seu trabalho uma forma de arte, uma forma de mística. Uma forma de expressão no melhor que cada um tem a dar ao mundo. Só assim o mundo se pode desenvolver sem este atrito que todo o dia vemos por ai em toda a actividade que exercemos. Só assim cada um cumpre com o seu dever social, sem ameaças ou pressões, mas porque quer dar, quer contribuir.
domingo, 4 de novembro de 2012
A Espada na Pedra
Preocupa-me o futuro, preocupa-me a perspectiva de como serão os novos tempos, o meu caminho e principalmente das gerações que vêm depois de mim...
As coisas estão a mudar, as novas gerações já não confiam na "democracia" (essa utopia), nem nos politicos que a representam. E tampouco confiam no capitalismo, com toda a sua máquina monetária como solução para os novos problemas.
As novas gerações vão escolher o seu prório caminho. Um caminho completamente divorciado do caminho que os seus pais percorreram, um caminho na maior parte das vezes em conflito com o caminho tomado antes pelos seus pais e avós. Esse caminho que eles percorreram- um caminho de luta, de trabalho, de conquista, muitas vezes de sacrificio – já não serve para uma geração que encontra tudo feito, em que parece que não há nada que conquistar. Parece-me que a minha geração e as que vêm depois de mim são uma geração que encontra as falhas no sistema criado por outros, uma geração que encontra os paradoxos, uma geração que aponta as contradições, os erros, as corrupções. E o caminho das novas gerações será sempre um caminho oposto aos do seus pais e avós: será sempre um caminho mais de destruição do que de construção... Será um caminho de destrinça, de reciclagem, de seleção, de filtragem, de dúvida, de desconstrução dos valores deixados pelos antepassados recentes. Essa terá que ser a primeira etapa da construção de uma nova sociedade.
No entanto a mim parece-me que no interregno vai haver muita incerteza, muita preguiça, muita dúvida, muita desorganização e se calhar vamos andar um pouco á deriva antes de encontrar porto seguro. Neste momento parece-me que se sabe o que se não quer, mas não se sabe bem o que se quer...
Nas manifestações que cada vez mais saiem á rua, vemos vários movimentos sociáis: sindicalistas (que para mim não podem ter muito crédito), policias, desempregados, movimentos anarquistas, vegetarianos, naturistas, pacifistas, etc, etc, etc. Uns estão nas manifestações pelos melhores motivos, outros se calhar nem tanto. Considero os movimentos sociáis de grande valor, mas pelo que tenho visto e pela experiência que tenho tido, não existe muito entendimento entre eles. E naqueles que se começam a destacar logo surgem irremediavelmente os mesmos jogos de poder que parecem estar inerentes ao ADN do ser humano. A meu ver ainda existe muita turbulência, muita agitação, muita inquietação. E no que aos movimentos sociáis diz respeito prevejo que tão cedo não sairá algo de realmente conclusivo, algo estável...
E é nessa instabilidade - que tão cedo parece que não se estabilizar- que reside a minha principal preocupação. Quanto tempo vamos andar assim? ...á deriva? Qual a fórmula para sair-mos desta incerteza; deste limbo?
Os mais velhos parecem ter razão quando dizem "As novas gerações vão sofrer muito!". Mas eu penso que deveriamos fazer algo para moldar o nosso futuro, para evitar tragédias, ou antecipar-nos aos males que possam vir. Intuir uma solução parece-me um exercicio muito positivo numa altura em que existe tanta incerteza. E na minha opinião a solução está em voltar-mos á terra, voltarmos ás bases, reconhecer de novo os ciclos que nos regem: os ciclos da natureza. Acharmos de novo a esquadria de uma vida em harmonia com a natureza. Reaprender a viver em sociedade aceitando as diferênças parece-me que também será um dos factores a ter muito em conta, pois neste modelo de sociedade em que (ainda) vivemos torna-mo-nos talvez um pouco indiferentes. Para dar um exemplo muito concreto sou da opinião que a tecnologia tem que ficar um pouco para trás, ou não lhe dar-mos tanta importância; e por exemplo reaprender coisas práticas como saber construir uma casa, saber carpintaria, geometria, aprender a cultivar, etc. Estas são as alternativas imediatas que serão necessárias a curto prazo. Penso que se não voltar-mos ás bases todas as insatisfações sociáis que vemos pelas ruas irão degenerar inevitavelmente em violência e em caos pois não se encontrará uma saida inteligente. Estes tempos de incerteza lembram-me sempre da história do Rei Artur e da espada cravada na pedra. Espada essa que só poderá ser retirada por um lider justo e virtuoso. Um lider que apresente uma solução correcta, uma solução acertada, uma saída credível. No meio da confusão de que me apercebo, tão cedo não consigo ver o justo, o inocente que retirará a espada da pedra.
domingo, 1 de maio de 2011
Subscrever:
Mensagens (Atom)